Empresa diz que avião que caiu no Amazonas não tinha excesso de peso

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Em coletiva realizada nesta tarde no Terminal 2 do Aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus, o diretor da Manaus Aerotaxi, Marcos Pacheco, descartou excesso de peso no avião Bandeirante (Emb 110), de prefixo PT-SEA, que caiu por volta das 15 horas do sábado, 7, no Rio Manacapuru, próximo da Ilha de Monte Cristo, em Manacapuru, no Amazonas. Pacheco afirmou que a capacidade de transporte da aeronave era de 5.700 kg. Ele não soube informar quanto tempo de voo tinha a aeronave, mas garantiu que o avião estava com a documentação em ordem e autorizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Brenda Dias Moraes, de 21 anos, assessora da secretaria municipal de Ação Social de Coari, contou que quando o avião caiu na água conseguiu abrir a porta traseira e sair da aeronave com as outras três pessoas que sobreviveram, antes de ele afundar. Brenda disse à TV GloboNews “Tudo foi muito rápido. O avião afundou muito rápido. Nós só tivemos chance de sair, porque estávamos nos últimos assentos e pudemos abrir a porta de emergência”

Uma das sobreviventes explicou às autoridades que um dos motores falhou em pleno voo, por isso o piloto tentou fazer uma aterrissagem de emergência, mas caiu a 500 metros da cabeceira da pista.

A Aeronáutica começou a investigar as causas do acidente na tarde deste domingo, 8, depois que a Defesa Civil encerrou as buscas por vítimas no final da manhã. Uma equipe está periciando o local.

Em nota, o brigadeiro do ar Antonio Bermudez, chefe de Comunicação da Aeronáutica, informou que o acidente aconteceu em meio a uma tentativa de pouso de emergência no rio. A perda repentina de contato no radar e de comunicações com a aeronave, por volta das 16 horas, motivou o início das buscas, informa Bermúdez na nota.

A aeronave, que saiu do aeródromo de Coari por volta das 12h30 do sábado, rumo ao aeroporto Eduardo Gomes, na capital amazonense, levava 28 pessoas, sendo 18 da mesma família. O acidente causou a morte de 24 pessoas, incluindo o piloto e o copiloto. Apenas quatro passageiros foram resgatados com vida: Ana Lúcia Reis Laurea, de 43 anos, Brenda Dias Moraes, de 21, Erick da Costa Liberal, de 23, e seu irmão Yan, de 9 anos.

Segundo familiares das vítimas, na lista oficial dos mortos figuram 20 parentes diretos ou indiretos de um empresário chamado Omar Melo, que seguiam para Manaus para comemorar seu aniversário.

As autoridades temem que, além das más condições meteorológicas, o acidente tenha ocorrido também por excesso de peso, pois a empresa disse inicialmente que o avião levava 20 passageiros, 8 a menos do que os que estavam a bordo.

“Houve algum excesso, porque a empresa declarou 20 passageiros e haviam 28 no voo”, disse aos jornalistas o coronel Roberto Rocha da Defesa Civil. Por sua vez, a empresa proprietária da aeronave alegou que alguns passageiros levam crianças de colo que não foram contabilizadas na lista de passageiros.

O piloto César Griger, gaúcho, 46 anos, tinha mais de 20 anos de atividade, sendo 6 apenas nesta empresa. Antes de trabalhar como piloto comercial, ele foi piloto da Força Aérea Brasileira. O co-piloto era Denilson Cilino Aires da Silva, amazonense, 23 anos, há 6 meses na empresa. Tinha aproximadamente 3 anos de experiência como co-piloto.


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