PM sabia de invasão a hospital municipal no Rio, mas não reforçou policiamento

PM sabia de invasão a hospital municipal no Rio, mas não reforçou policiamento

PM sabia de invasão a hospital municipal no Rio, mas não reforçou policiamento

Coronel alegou que não tinha efetivo suficiente para a custódia do criminoso, o traficante conhecido como Fat Family

O coronel Luiz Henrique Marinho Pires, subchefe operacional do Estado Maior da PM, afirmou em entrevista coletiva nesse domingo (19) que o reforço para a custódia do traficante Nicolas Labre Pereira de Jesus, o Fat Family, foi providenciado uma vez que corporação havia recebido a informação da Secretaria de Segurança Pública sobre a invasão de bandidos ao Hospital Municipal Souza Aguiar para resgatar o criminoso.
“Nós tínhamos a informação e tomamos providência. Entramos com um reforço de cinco policiais”. Questionado sobre a efetivade da quantidade de policiais destacados para o reforço, o coronel admitiu que não tem homens necessários para a devida custódia e apontou problemas na operação:

“Eu não tenho condições de reservar 30/40 homens por turno para garantir a custódia. Agora, isso é um problema antigo, um preso dessa periculosidade não deveria ir para um hospital municipal/estadual porque essas unidades não têm condições de receber esses criminosos. Esse problema precisa ser resolvido”.
Ele disse ainda que a cúpula da Segurança Pública do Rio está definindo uma nova estratégia para custódias futuras e que operações estão sendo feitas para identificar e prender os bandidos que invadiram o hospital.
O Hospital Municipal Souza Aguiar, principal emergência da cidade e referência para emergências durante as Olimpíadas do Rio viveu momentos de guerra e horror na madrugada de domingo, quando 25 homens fortemente armados com fuzis e granadas invadiram a unidade, mataram um homem que buscava atendimento e feriram duas pessoas. O objetivo era resgatar Nicolas Labre Pereira de Jesus, de 28 anos, o Fat Family, apontado como o chefe do tráfico do Morro Santo Amaro no Catete. O traficante, que havia sido preso no dia 13, já está de volta às ruas. Áudios com a comemoração dos bandidos circulam pela Internet.

Por volta das 3h da manhã do domingo, os bandidos chegaram em quatro carros e detonaram três granadas durante o ataque ao hospital. Fat Family foi preso no último dia 13 por policiais da Delegacia de Combate às Drogas (Decod). Como foi ferido na cabeça durante a operação policial, ele estava internado desde a última segunda-feira sob custódia policial. Fat Family é irmão do traficante Marco Antônio Pereira Firmino da Silva, o My Thor, que está preso em presídio um federal.
Ronaldo Luiz Marriel, de 35 anos, foi morto durante a invasão. Ele havia se machucado na testa em uma briga em boate na Lapa e procurou atendimento médico na emergência do Souza Aguiar. Ele e o amigo, o PM Fábio Ferreira da Silva, chegaram ao hospital no momento em que os bandidos deixavam o local. O carro de Ronaldo foi alvejado por vários disparos. Ele morreu e Fábio que ficou ferido foi socorrido ali mesmo no Souza Aguiar, onde passou por cirurgia. O técnico de enfermagem Júlio César dos Santos Basílio também foi ferido e levado para o Centro de Tratamento Intensivo (CTI). O estado de saúde dele é grave.
Câmeras de segurança instaladas na entrada da recepção poderão ajudar a identificar os criminosos. As primeiras informações são de que eles se dividiram em dois grupos durante o ataque.

A polícia suspeita que um advogado teria ido ao local durante a madrugada pelo menos umas quatro vezes e arquitetato todo o plano da invasão. Há informações de que a polícia teria sido informada de uma possível ação na unidade. A Divisão de Homicídios isolou o local para fazer perícia.

Fonte: Último Segundo/Brasil/O Dia


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