Ministro da Fazenda defende aumento de idade mínima para aposentadoria

Ministro da Fazenda defende aumento de idade mínima para aposentadoria

Ministro da Fazenda defende aumento de idade mínima para aposentadoria

Meirelles admite que rombo nas contas públicas em 2016 será maior que o de R$ 96 bilhões previsto pelo governo de Dilma

Agora com a atribuição de administrar também a Previdência Social, o novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, defendeu, nesta sexta-feira (13), o aumento da idade mínima para a aposentadoria. A declaração foi feita em entrevista ao jornal “Bom Dia Brasil”, da TV Globo, um dia depois de o economista assumir o cargo mais importante para o sucesso do governo de Michel Temer.

“Não prometemos valores que não podem ser cumpridos. Despesas públicas são sempre pagas pela população, e a Previdência também”, afirmou, avaliando que a reforma do sistema previdenciário é fundamental para assegurar as aposentadorias no futuro.
“O caminho está claro: idade mínima com regra de transição. E essa transição não pode ser nem muito longa e nem muito curta. Quem está contribuindo no futuro vai receber aposentaria como deveria. Com o crescimento da população e da idade média dos brasileiros, o crescimento da Previdência é insustentável no longo prazo, precisamos controlar isso.”
O ministro lembrou que já há uma discussão extensa sobre o assunto, sem citar, no entanto, o Fórum da Previdência, criado no ano passado pela equipe da presidente afastada Dilma Rousseff, mas enfatizou que é preciso uma determinação do governo para isso.

Rombo maior
Na entrevista, Meirelles admitiu que o rombo nas contas públicas em 2016 deve ser ainda maior do que o previsto pela equipe de Dilma, de R$ 96,6 bilhões, e prometeu que vai tomar medidas duras, porém necessárias, para reverter a trajetória de alta da divida pública.

“É importante que se estabeleça uma meta que seja realista, cumprida e que depois sirva de base para a melhora das contas públicas […] Para que, a partir daí, a trajetória da dívida pública comece a ter um outro nível de direção”, explicou.
Meirelles não especificou como vai enfrentar o aumento do déficit que será provocado pela negociação da divida dos Estados com a União e o reajustes já contratados dos servidores públicos, que o ministro do Planejamento, Romero Jucá, informou que vai manter.

“Vamos partir de uma base real. Infelizmente não se pode mudar o passado. O que feito e que não pode ser mudado está ai”, avaliou, ressaltando que, a partir desse quadro, o governo tomará as medidas necessárias para que o projeto faça efeito. “Para que todos confiem que o Estado brasileiro será solvente e que aumente a confiança, o emprego e o bem estar.”

Primeira medida
Para iniciar as mudanças, Meirelles explicou que a primeira medida econômica de sua gestão será implementar um sistema de controle dos gastos que impeça o crescimento real (acima da inflação) das despesas públicas, defendendo cortes e o fim dos privilégios com recursos públicos.

“Vamos estabelecer o nominalismo. As despesas terão de ser mantidas em termos nominais”, disse. “O mais importante para o Brasil é de comecemos a dizer a verdade e a sermos claros. Temos de mostrar o que está acontecendo”, ressaltou Meirelles. Procurando passar confiança em seu projeto, ele informou que sua equipe já começou um levantamento dos dados do governo para tomar as medidas com segurança e clareza.

Desonerações e subsídios
O ministro da Fazenda ainda criticou o tamanho das contas de desonerações e subsídios dados pelo governo, que classificou como “bolsa-empresário”. E, apesar da conta referente a programas sociais ser menor, sinalizou que haverá mudanças também nessas despesas, mantendo a assistência apenas para a população que de fato necessite.
As contas de desonerações e subsídios hoje são enormes. A conta de salários do governo também é enorme. Podemos e vamos, sim, cortar despesas e privilégios daqueles que não precisam”, afirmou. “Os programas sociais para aqueles que precisam serão mantidos.”

Meirelles fez um diagnóstico da atual situação da economia brasileira e argumentou que o desemprego crescente é consequência da recessão pela qual o País passa desde o ano passado. “Temos de fazer com que a economia volte a crescer para criar empregos. É necessário, em primeiro lugar, o retorno da confiança. É preciso ter confiabilidade nas contas públicas para o retorno do investimento”, avaliou.

Ex-presidente do Banco Central no governo Lula, Meirelles reconheceu que houve “melhorias grandes” na gestão do petista, mas ressaltou que nos últimos anos – referindo-se ao governo da presidente afastada Dilma Rousseff – o desemprego aumentou e a situação se tornou crítica. “Outro problema é crescimento da dívida pública. A situação é grave e difícil, mas todos os brasileiros estamos preparados para trabalhar muito”, resumiu.

Fonte: Último Segundo/Brasil econômico/


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