CPI decide por quebra sigilos de e-mail, SMS e Skype de Demóstenes Torres

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Os integrantes da CPI Mista que apura o envolvimento do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos e empresários aprovaram no começo da tarde esta quarta-feira (30) a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico, de e-mail, SMS e Skype do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).

O senador é suspeito de ter utilizado o mandato parlamentar para beneficiar o esquema do contraventor.

Por este motivo, o senador também responde a um processo no Conselho de Ética do Senado, que pode inclusive levar à perda do mandato. Em depoimento no conselho na terça, ele negou ter usado o mandato para beneficiar o bicheiro.

O requerimento que quebrou os sigilos, de autoria do deputado Doutor Rosinha (PT-PR), foi aprovado por unanimidade pelos parlamentares.

Os integrantes da CPI também aprovaram requerimento que pede ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que sejam encaminhadas informações sobre movimentações financeiras consideradas atípicas do senador Demóstenes Torres.

Investigação da Polícia Federal aponta que Demóstenes pode ter recebido o valor de pelo menos R$ 1 milhão, o que o senador negou.

Conselho de Ética
Em depoimento de cinco horas no Conselho de Ética do Senado na terça (29), Demóstenes Torres voltou a afirmar que é amigo de Cachoeira, admitiu que o contraventor pagava sua conta de celular, mas negou que tivesse conhecimento de irregularidades cometidas pelo bicheiro.

Demóstenes disse que vive o “pior momento” de sua vida e que se sente traído por Cachoeira.

Ele afirmou ser vítima do “maior massacre da história”.

No depoimento ele afirmou ser inocente das acusações de envolvimento com a quadrilha que explorava jogos ilegais.

“Nunca sofri tanto na minha vida. Eu sou um homem que tem vergonha na cara. […] Eu sou um carola”, disse Demóstenes aos demais parlamentares.

Sigilo de Perillo
Antes da votação da quebra de sigilos de Demóstenes, a CPI do Cachoeira adiou a votação de requerimento que pedia a quebra de sigilos do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). O tucano é citado por auxiliares do contraventor em conversas telefônicas gravadas pela Polícia Federal.

Um pedido de quebra do sigilo telefônico e de SMS de Perillo foi colocado na pauta da comissão pelo relator, deputado Odair Cunha (PT-MG). O petista sugeriu ainda que fosse aprovado em conjunto outro requerimento, que pedia a quebra, também, da quebra dos sigilos bancários e telefônicos do tucano.

Deputados do PSDB, então, protestaram pelo fato de não serem colocados em votação requerimentos que solicitavam a quebra dos sigilos dos governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB).

Agnelo e Merconi Perillo são citados por integrantes da quadrilha de jogo ilegal comandada por Cachoeira em conversas telefônicas gravadas pela Polícia Federal.

Já Sérgio Cabral aparece em fotos durante uma viagem a Paris ao lado do presidente licenciado da construtora Delta, Fernando Cavendish.

De acordo com a PF, a Delta transferiu recursos a empresas fantasmas do grupo de Cachoeira.

fonte: Iara Lemos e Nathalia Passarinho


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