Tensão na Faixa de Gaza afeta páginas da Internet

O conflito entre Israel e os palestinos na faixa de Gaza, com ataques mútuos desde a semana passada, chegou também à internet. Desde sábado (27), milhares páginas da web foram alteradas por grupos de hackers que operam de países como Marrocos, Líbano, Turquia e Irã.

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Os dados foram apurados pelo diretor de pesquisa em computação criminal da Universidade de Birmingham, Gary Warner. Ele diz que as invasões atingiram principalmente pequenos negócios e páginas de variedades hospedadas em domínios “.il”, de Israel.

Um dos sites invadidos, de uma companhia de eletrônicos, era exibido com a mensagem “RitualistaS GrouP Hacked your System!!! The world isn’t insurance!!! For a better world” (“Grupos Ritualistas ‘Hackearam’ Seu Sistma!!! O mundo não é seguro!!! Por um mundo melhor”, em tradução livre).

Outros hackers colocaram mensagens mais inflamadas condenando os Estados Unidos e Israel e adicionando imagens de violência. Warner disse que não viu vestígios de que algum site do governo israelense tenha sido alertado, apesar de também terem sido alvo dos hackers.

No sábado, Israel iniciou uma escalada de ataques aéreos contra a faixa de Gaza, controlada pelo grupo radical islâmico Hamas. Os ataques são uma resposta a foguetes lançados desde o território contra cidades em Israel.

Os ataques online começaram logo depois e no domingo (28) eles aumentaram, conforme Warner. Desde então, o pesquisador estima que 10 mil páginas foram invadidas e várias delas foram registradas em sites como o Arabic Mirror. Muitas alterações são feitas em massa, já que atingem vários sites que usam um mesmo servidor.

Muitas invasões são feitas de forma coordenada através de contatos que grupos de hackers fazem em fóruns online. Um desses hackers, chamado Cold Z3ro, afirma ter invadido 5.000 páginas na internet.

Esse tipo de invasão começou a se popularizar a partir de 2006, quando centenas de sites da Dinamarca foram atacados depois que um jornal dinamarquês publicou charges sobre o profeta Maomé. Um grupo de hackers, que tinha apenas 70 membros à época, conta hoje com mais de 10 mil membros.


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