Cármen Lúcia cobra respeito aos juízes brasileiros após crítica de Renan

Cármen Lúcia cobra respeito aos juízes brasileiros após crítica de Renan

Cármen Lúcia cobra respeito aos juízes brasileiros após crítica de Renan

Nesta segunda-feira, o presidente do Senado e do Congresso Nacional chamou o juiz federal responsável pela Operação Métis de “juizeco”

“Somos humanos, temos erros”. Foi assim que a presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, abriu a sessão plenária do Conselho, na manhã desta terça-feira (25). Em um discurso, em que exigiu respeito aos magistrados e ao Poder Judiciário, a ministra condenou qualquer crítica aos juízes brasileiros.
As declarações de Cármen Lúcia ocorrem um dia após o presidente do Senado e do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ter chamado o juiz federal Vallisney Souza Oliveira de “juizeco”. Oliveira foi quem autorizou a prisão de quatro policiais legislativos na semana passada, durante a Operação Métis.
“Não é admissível aqui, fora dos autos, que qualquer juiz seja diminuído ou desmoralizado. Como eu disse, quando um juiz é destratado, eu também sou”, afirmou a presidente do CNJ e do STF, no início da 240ª Sessão Ordinária do Conselho.
A ministra recorreu à Constituição Federal para lembrar da relevância da harmonia entre os Poderes da República e disse que os juízes brasileiros são essenciais para esse equilíbrio. “Numa democracia, o juiz é essencial, como são essenciais os membros de todos os outros poderes, repito, que nós respeitamos. Mas exigimos também o mesmo e igual respeito para que a gente tenha uma democracia fundada nos princípios constitucionais, nos valores que nortearam não apenas a formulação, mas a prática dessa Constituição”, ressaltou a ministra.

“Respeito nós devemos e guardamos com os Poderes e, evidentemente, exigimos de todos os poderes em relação a nós. O juiz brasileiro é um juiz que tem trabalhado pela República. Somos humanos, temos erros, por isso existe este CNJ, para fortalecer o Poder Judiciário, coerente com os princípios constitucionais, com as demandas e as aspirações do povo brasileiro”, disse a ministra. “Mas, por isso mesmo, nós nos comportamos com dignidade com relação à Constituição”, reforçou.
Em nome do respeito mútuo entre os poderes, Cármen Lúcia disse que espera “compreensão geral” e “respeito integral” ao Poder Judiciário, “o mesmo respeito que nós dedicamos a todos os órgãos da República”. Para a presidente do CNJ e do STF, essa é a condição para que os poderes sigam independentes, mas que busquem a harmonia em benefício do cidadão brasileiro. “Espero que isso não seja esquecido por ninguém, porque nós, os juízes, não temos esquecido disso”, reforçou a ministra.
Operação Métis
Na última sexta-feira (21), a Polícia Federal (PF) foi ao Congresso para cumprir mandados no Senado, em Brasília. Quatro policiais legislativos foram presos por suspeita de atrapalhar as investigações relacionadas à Operação Lava Jato.
De acordo com o órgão, Everton Taborda, Geraldo Cesar de Deus e Antonio Tavares foram liberados após prestarem depoimento. O único que permanece na Superintendência da PF em Brasília é Pedro Ricardo Carvalho.
Como ele ocupa o cargo de diretor da Polícia do Senado, recai sobre ele as suspeitas de liderança nas ações de varredura da Polícia Legislativa nas residências de parlamentares – que, segundo a PF e a Justiça, teriam sido feitas com intuito de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.
Em sua declaração, nesta terça-feira, Cármen Lúcia não citou nenhum nome, nem mesmo o de Renan Calheiros.
Fonte: Último Segundo/Política/Ig. São Paulo


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