Histórias em quadrinhos tem o poder de estimular os jovens no que diz respeito à leitura

A Editora Escala Educacional fez adaptações de livros de filosofia e história. Guerra dos Farrapos e a obra de Maquiavel estão entre elas. Até aí nenhuma novidade. O diferencial é que essas versões são em quadrinhos. O objetivo é atrair o público infanto-juvenil que considera esses temas enfadonhos.

Algumas pessoas torcem o nariz para esse tipo de publicação. Tratam como se não fosse literatura. Mas é. Muitos se iniciaram na leitura pelos gibis. Existem aqueles que se tornaram leitores assíduos de literatura considerada culta e que foram, quando crianças, colecionadores de quadrinhos. Hoje, colecionam livros.
Os gibis geralmente são bem aceitos pelas crianças. Eles são adequados para elas do mesmo modo que as histórias ilustradas. A ilustração ajuda a criança pequena a compreender a história, além de o texto ser mais curto e, portanto, mais estimulante e prazeroso.
Um bom modo de começarmos a estimular a leitura é enfatizando o seu lado gostoso. Não há dúvidas de que as adaptações não substituem a obra original. No entanto muitos jovens só terão contato com temas históricos ou filosóficos por elas. Melhor que nada. Quem sabe assim terão curiosidade para ler o original.
Os quadrinhos são uma boa forma de os pais apresentarem o mundo da literatura às crianças. Freqüentar as bancas de revistas, para escolher uma publicação em que pais e filhos possam se divertir juntos é uma opção. Assim como presentear amigos e parentes com edições especiais ou mesmo assinaturas de coleções. Deste modo, os pais mostrarão para os pequenos que a leitura é prazerosa e que tem um espaço na vida deles.

Importante lembrar que os quadrinhos não são destinados apenas ao público infantil. Existem inúmeras publicações dedicadas aos adultos. A própria Turma da Mônica, que encanta a garotada, está crescendo junto com seus leitores e tratando de alguns temas adolescentes. Em um lançamento recente, Mônica e Cebolinha trocam, inclusive, um beijo romântico.

Como escolher um gibi

É claro que, como em todos os ramos da literatura, existem aqueles mais adequados às crianças. Para a escolha de uma história em quadrinhos para os pequenos é preciso a orientação do adulto. Mas sem imposição. Dentre as publicações que os pais acharem adequadas, a criança deve escolher a que mais a agrada.
O melhor é deixar o preconceito de lado. Em vez de ficarmos esperando que nossos filhos leiam os livros considerados cultos, devemos incentivar que leiam publicações de qualidade, que podem sim ser em quadrinhos. O importante é que tenham contato com bom material de leitura.
Ainda mais hoje em dia, em que a informação está circulando cada vez mais rápido. E os jovens têm o gosto pela rapidez. Dificilmente algum deles vai ler Maquiável no original. Talvez a opção pelas histórias ilustradas seja um bom começo para se interessarem por temas mais densos e complexos.

(Ana Cássia Maturano é psicóloga e psicopedagoga)


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