Kernel do Linux ultrapassa 10 milhões de linhas

Uma análise apontou que após o lançamento da versão 2.6.27 do kernel do sistema operacional livre Linux, o código fonte ultrapassa a marca de 10 milhões de linhas.

Segundo o site heise, a adaptação do núcleo envolve descartar código antigo e adicionar novos recursos – ou seja, mais código. Como a quantidade de coisas adicionada é maior do que a removida, o crescimento é contínuo.

A contagem, entretanto, inclui linhas em branco e comentários, mas se descartadas as linhas vazias, são mais de nove milhões, noticiou o site The Inquirer, defendendo a contagem com as linhas em branco já que estas são ideais para a compreensão do código.

O software SLOCCount, que contabiliza as linhas de código existentes em um programa, aponta que o do kernel do Linux possui 6.399.191 linhas, descontando os espaçamentos e comentários necessários para o entendimento do código, sendo destas 51,6% dedicadas aos drivers e 19,7% à arquitetura do sistema.

As outras linhas se referem ao sistema de arquivos (8,5%), rede (5,9%), som (5,6%), referências a bibliotecas de funções (5,0%), controle central de processos (1,2%), gerenciamento de memória (0,6%), criptografia (0,5%), segurança (0,4%) e outros (1,1%).

A análise ainda aponta que a maior parte do código do núcleo do Linux foi desenvolvido em ANSI C (96,39%), com uma parte menor (3,32%) tendo sido escrita em Assembly, e um número bastante reduzido em linguagens como Perl, C++, Yacc, Unix Shell, Lex, Python, LISP, Pascal e Awk.

O SLOCCount também avalia o esforço que seria necessário para desenvolver novamente o kernel do Linux a partir do zero. Seriam necessários 200 desenvolvedores por nove anos e meio e um custo médio de aproximadamente US$ 268 milhões em salários.

Esse custo é apenas do núcleo do sistema operacional. Uma distribuição completa, contendo não só o núcleo como também as interfaces com o usuário e programas como jogos e aplicativos de escritório custaria quase US$ 11 bilhões, segundo um estudo publicado pela organização Linux Foundation, que administra o uso da marca e o desenvolvimento do sistema operacional. O estudo pode ser lido aqui.

Por ter seu código aberto, o Linux recebeu contribuição voluntária e na maioria das vezes gratuita de milhares de programadores independentes por um período superior a 15 anos.


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Comentários

  • Guilherme disse:

    Excelente matéria. Eu gosto muito desse assunto, acho isso super interessante, o Kernel realmente é uma responsa e tanto para o Sistema Oprecional, aliás, ele é mais que fundamental.

    =)

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