Governo da Paraiba lança o “Bolsa-Vaselina”

vaselina

Admirada por muitos, criticada por outros, a prática do sexo anal exige alguns cuidados básicos de higiene e, principalmente, de prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis. O uso da camisinha é indispensável àqueles que querem adotar a prática com responsabilidade, higiene e segurança.

Mas, a verdade é que, na hora de praticar o tão falado sexo “por trás”, muitos casais vem deixando de lado o grande aliado na prevenção de DST’s, motivo que vem preocupando muitas ONG’s e até governos estaduais e o nacional. O argumento da grande maioria é que a camisinha gera um atrito desconfortável na região anal, o que torna a prática menos prazerosa.

Daí surge um novo aliado para os amantes: o gel lubrificante. Vendido em farmácias, o gel à base d’água facilita a penetração do pênis no ânus e evita o rompimento do preservativo. Mas, mesmo com tanta eficácia, nem todos os casais andam por aí prevenidos, com camisinha e gel lubrificante na bolsa.

Como diz o velho ditado, “se Maomé não vai à montanha, a montanha vai à Maomé”. E é pensando nisso que o Governo da Paraíba vai distribuir em todo o Estado 300 mil saches de gel lubrificante. O produto deverá ser distribuído entre travestis, homossexuais e profissionais do sexo, além de mulheres no climatério e pacientes com AIDS em terapia anti-retroviral – por terem menos lubrificação vaginal.

A licitação para a compra do produto será aberta nesta sexta-feira (6) e a empresa contratada deverá entregar o material em até 30 dias. Cada sache deverá ter 5g de gel lubrificante e a indicação de distribuição gratuita pelo Ministério da Saúde.

A distribuição do gel pelo governo estadual é uma questão que gera debate e divide opiniões. Defensora da causa GLBTS, a vereadora Sandra Marrocos, defende que a distribuição dos saches é importante e necessária na prevenção da AIDS. “Essa é uma política pública essencial, porque está vinculada à prevenção de doenças. O uso do gel pode diminuir o número de vítimas fatais que morrem sem um tratamento adequado em nosso Estado”, defendeu.

Assim como a vereadora do PSB, o comerciário André Nunes também concorda com a distribuição do gel, não só para os grupos de risco, mas para todos os casais que praticam o sexo anal. “É um bom incentivo que o governo vem dando aos casais, principalmente aos homossexuais, que praticam o anal com mais frequência que as mulheres”, disse André, que vive há mais de seis anos com seu parceiro, Josué.

“Confesso que muitas vezes eu e meu marido não usamos a camisinha porque achamos meio desconfortável, seca rápido. Como somos parceiros fixos e não temos relações com frequência com outras pessoas, acabamos deixando de lado o preservativo”, admite o comerciário.

De acordo com a ginecologista Giane Sarmento, o uso do preservativo é imprescindível, principalmente quando a pessoa não possui parceiro fixo ou costuma “variar” um pouquinho de parceiro. “Não dá pra não usar. O risco de contágio de uma DST através do sexo anal chega a ser maior que pelo sexo vaginal. A melhor combinação então é mesmo a camisinha e o gel”, esclareceu a médica.

Já o arcebispo da Paraíba, Dom Algo Pagotto, prefere não se pronunciar sobre o assunto, já que, segundo ele, a opinião da Igreja não foi previamente consultada. “Não falo porque esse é um fato consumado”, disse Dom Aldo, que ainda deixou escapar: “A Igreja Católica não se mete e não vai se meter na cama de nenhum casal, seja qual for o sexo ou religião”, disparou.

O Bolsa-Vaselina

A decisão do Ministério da Saúde de adquirir gel lubrificante para “reduzir os danos” nas relações sexuais anais vem inspirando não apenas debates, mas também artistas populares, como o poeta Miguezim de Princesa, que, com muita graça compôs o cordel “Bolsa-Vaselina”.

Sem ter mais o que doar,
O Governo da Nação
Resolveu, virando os olhos,
Gastar mais de R$ 1 milhão,
Doando para os viados
Bolsa-lubrificação.

I
Quem tem o seu pode dar
Da forma como quiser
Seja feio, seja bonito,
Seja homem ou mulher,
E tem de agüentar o tranco
Da forma como vier.

III
O Governo Federal,
Que em tudo quer se meter,
Decretou que o coito anal
Tem mas não pode doer
E o Bolsa-Vaselina
Surgiu para socorrer.

IV
Quinze milhões de sachês:
A farra está animada!
Vai ter festa a noite inteira,
Até mesmo na Esplanada,
Sem ninguém sequer sentir
A hora da estocada.

V
Coitada da prega-mãe,
Vai perder o seu valor,
Pois é ela quem avisa
Na hora que aumenta a dor
E protege as outras pregas
De algum violentador.

VI
O governo quer tirar
Do gay a satisfação,
Como mulher sem prazer
(Fonte de reprodução),
Porque tanta vaselina
Vai tirar a ?sensação?.

VII
– É para reduzir danos
– Defende logo um petista.
Porque na hora do coito
Dá um escuro na vista
E a dor é tão profunda
Que eu sinto dó do artista.

VIII
– Mas tu já desse, bichim?
– pergunta Zé de Orlando.
O governista sai bravo,
Dando coice e espumando,
Pega o ?rabo de cavalo?
E sai no dedo enrolando.

IX
O Brasil é mesmo assim:
Prostituta tem prazer,
Vagabundo tira férias,
Se trabalha sem comer
E quem dá o ás-de-copas,
Dá mas não pode doer.

X
O governo resolveu
Dar bolsa pra todo mundo
E criar um grande exército
De milhões de vagabundos
Só faltava esta bolsa
De vaselinar os fundos.

fonte: clickpb


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