PT prepara PEC para convocar novas eleições em caso de derrota no plenário

PT prepara PEC para convocar novas eleições em caso de derrota no plenário

PT prepara PEC para convocar novas eleições em caso de derrota no plenário

“Se o impeachment de fato for decretado, (se) passar pelo Senado nós vamos defender eleições gerais”, afirma deputado

O PT e o governo planejam uma campanha nacional de coleta de assinaturas em apoio a uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para convocar novas eleições, caso o Congresso aprove o impeachment da presidente Dilma Rousseff. A ideia, que até agora era cogitada apenas em conversas reservadas, passou a ser defendida abertamente por aliados próximos à petista.

“Se o impeachment de fato for decretado, (se) passar pelo Senado nós vamos defender eleições gerais, porque não reconhecemos no vice-presidente (Michel Temer) condições morais e jurídicas para vir a presidir o Brasil. O caminho para isso é apresentar uma PEC com amplo apoio popular, recolher milhões de assinaturas”, afirmou o deputado Wadih Damous (PT-RJ), um dos principais articuladores da reação anti-impeachment. “Eu vou defender isso dentro do PT e acredito que o PT vai defender também. Nós vamos conviver com um golpe? Não. Assim como não convivemos com a ditadura.”

A tese é corroborada por ministros palacianos e ganha adeptos entre aliados de Dilma. Na quarta-feira, em conversa com jornalistas, a presidente admitiu “respeitar” uma proposta alternativa que passe pelo voto popular.

As poucas divergências são quanto ao momento em que a campanha deveria ser deflagrada. Alguns petistas defendem que seja logo após a votação na Câmara, em caso de derrota do governo. Eles apostam que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), vai “esfriar” a disputa quando o impeachment chegar a suas mãos e retardar o processo, o que daria tempo para a coleta de assinaturas.

Aliados de Dilma se fiam em pesquisas de opinião que mostram aversão a Temer igual ou maior à da presidente por parte da população e acreditam que não seria impossível, com ajuda dos movimentos sociais ligados ao partido, coletar milhões de assinaturas em poucas semanas para pressionar o Congresso a aprovar a PEC.

No Palácio do Planalto e entre aliados de Dilma, a ideia tem sido chamada de “contragolpe” contra Temer, alvo da fúria de petistas que prometem desestabilizar um eventual governo do vice. “Se o impeachment for admitido aqui, acho muito difícil que o doutor Michel Temer tenha condições de governar, porque obviamente terá se tratado de um golpe. Ele, da nossa parte, não merecerá o tratamento de presidente, ele é um usurpador, um conspirador, um traidor”, disse Damous.

Na conversa com jornalistas, Dilma acusou Temer de “se associar” ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu na Operação Lava Jato, para derrubar o governo. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu a interlocutores que preferiria ver o País nas mãos do PSDB, em uma derrota eleitoral do PT, a vê-lo entregue ao grupo do vice.

Damous acusou Temer de oferecer o fim da Lava Jato em troca de votos pelo impeachment. “Ele tem conseguido virar votos aqui na Câmara, dizendo que, se se eleger, acaba com a Lava Jato.” Temer foi procurado por meio de sua assessoria para comentar a acusação, mas não respondeu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Último Segundo/Política/O Estadão


Tags: , ,

Não encontrou o que queria? Pesquise abaixo no Google.


Para votar clique em quantas estrelas deseja para o artigo

RuimRegularBomMuito BomExcelente (Seja o primeiro a votar)
Loading...



Enviar postagem por email Enviar postagem por email


Últimos Comentários