Jovem assassinada falava sobre relacionamento ruim com madrasta em diário

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A tia da jovem assassinada no último sábado (15) em São Vicente, no litoral de São Paulo, foi até Santos durante a madrugada desta segunda-feira (17) para levar o corpo da menina para Uberlândia, em Minas Gerais.

Elizabeth da Silva levou um diário da adolescente, no qual estava escrito que ela tinha problemas com a madrasta. A atual mulher do pai da vítima é a principal suspeita de cometer o crime.

No diário encontrado em um guarda-roupa na casa da menina na cidade mineira, Jaciene Ianca Faria dos Santos, de 16 anos, fala sobre o relacionamento com a madrasta.

“Eu não sei, mas acho que Luciana, desde o primeiro dia que ela me viu, nunca gostou de mim e nunca vai gostar, por isso que eu odeio ter madrasta, mas fazer o que, quem escolheu foi meu pai. Mesmo assim eu amo ele. Mas a Luciana não dá, parece que ela quer me matar ou me xingar, mas como ela é, ela só quer fazer tudo para o meu pai. Ela quer ele só para ela.”

Em outro trecho, ela pede para que, se ela morrer, o diário seja entregue ao pai dela como lembrança.

As anotações foram feitas antes da jovem morar com a suspeita, quando ela apenas vinha ao litoral para passar as férias ao lado do pai.

A polícia não teve acesso ao diário da jovem, já que a tia levou o caderno de volta para Minas Gerais. Jaciene estava em São Vicente porque queria ficar perto do pai. Ela saiu de Uberlândia para o aniversário de um ano do irmão, em São Vicente, e não voltou mais para cidade mineira.

“Ela estava querendo vir morar com o pai, mesmo a gente sendo contra, porque minha mãe que cuidava dela. Mesmo a gente não aceitando, mas ela queria, já estava com 16 anos, queria ficar próxima do pai e ela veio. Mas não era para ficar, era para voltar e ela não retornou”, explica a tia da menina Elizabeth da Silva.

Segundo a polícia, Jaciene teria sido torturada e assassinada pela própria madrasta, que foi presa em flagrante.

De acordo com o delegado Pedro dos Anjos, a mulher inventou que a adolescente teria sido morta por bandidos que invadiram a casa onde estavam as duas.

Além da faca lavada e as roupas sujas de sangue guardadas no armário da residência, a polícia tem outros indícios de que a madrasta estava mentindo.

“A versão que ela apresentou não coincidiu com os elementos colhidos no local do fato pelo delegado que presidiu o flagrante. Isso foi determinante para a prisão dela em flagrante. Uma dessas incongruências é que ela alega que foi amarrada pelos pulsos, mas levada até o IML não foi localizado nenhuma lesão nos pulsos. Da mesma forma, foi encontrado na altura do pescoço arranhões, fazendo supor, possivelmente, que teria sido uma defesa da vítima com unhas, possivelmente”, diz o delegado.

Deve ficar pronto ainda nesta segunda-feira o laudo do IML que pode comprovar a participação da madrasta na morte da jovem. A suspeita continua presa em São Vicente.

fonte: G1


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