Perícia aponta que ônibus que foi sequestrado no Rio foi atingido por 16 tiros

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Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Eboli (ICCE) fazem nesta quarta-feira (10) uma perícia no ônibus sequestrado na Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio.

Segundo os peritos, uma análise inicial indica que vários tiros foram dados de fora para dentro do veículo, na altura dos pneus. Para eles, isso indica a intenção de parar o ônibus.

Pelo menos 16 tiros atingiram o veículo, que está sendo periciado na 6ª DP (Cidade Nova), também no Centro. Nas próximas horas, representantes da empresa de ônibus devem comparecer à delegacia. Segundo a empresa, o motorista do ônibus está de licença pelos próximos três dias. As imagens do circuito interno de TV do veículo, que mostrariam a ação dos criminosos, não foram gravadas.

Dois dos três suspeitos detidos estão na 6ª DP. Eles foram identificados pela polícia como Renato da Costa Jr. e Bruno Silva de Lima. O terceiro detido será menor de idade e teria sido levado para a Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA). Um quarto suspeito ainda é procurado.

Quatro vítimas seguem internadas
Três passageiros seguem internados nesta manhã no Hospital municipal Souza Aguiar, também no Centro. Entre as vítimas, há uma mulher internada em estado grave. Ela foi baleada no tórax e está no CTI.

Segundo a Secretaria municipal de Saúde, os outros dois feridos são uma mulher, que foi atingida perto da região do glúteo e passa bem, e um homem que estava dentro de um veículo que passava pelo local. Ele foi baleado no pescoço e está em observação. Um outro homem foi atingido de raspão na perna e já foi liberado do hospital.

Um policial também ficou ferido. Atingido na perna, ele segue internado no Hospital Central da Polícia Militar, no Estácio, na Zona Norte da cidade. Onze reféns saíram ilesos na operação.

O sequestro
O ônibus que liga a Praça XV a Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi cercado pela polícia na pista sentido Praça da Bandeira, na altura do Sambódromo. Quando o ônibus parou no ponto, os criminosos entraram e pagaram a passagem. O motorista desconfiou e no ponto seguinte conseguiu fazer sinal para dois policiais e aproveitou para fugir.

Policiais militares do batalhões do Méier, de São Cristóvão e da Praça Tiradentes, do Batalhão de Policiamento de Choque (BPCHQ) e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram acionados para o local. Os pneus do ônibus foram furados após duas tentativas de fuga dos criminosos. Policiais armados de fuzis e pistola se posicionaram do outro lado da pista.

De acordo com a delegada Gisele Rosemberg, da 6ª DP (Cidade Nova) a maioria dos passageiros disse em depoimento que quatro homens entraram no ônibus e que um deles saltou do veículo com uma refém e depois fugiu.

Outro criminoso teria deixado o veículo em seguida. Durante a fuga, o homem ainda roubou um carro e manteve um casal refém até Manguinhos, no subúrbio.

Após uma hora e meia, os dois criminosos que estavam no ônibus se renderam. Mais tarde, a polícia prendeu em flagrante o suspeito que tinha fugido para Manguinhos. Ele foi preso quando recebia atendimento num hospital, em Copacabana, na Zona Sul. A polícia disse que o quarto suspeito do crime já foi identificado e que vai pedir a sua prisão preventiva.

Segundo a polícia, testemunhas afirmaram em depoimento que os criminosos não dispararam dentro do veículo. Mas, segundo a delegada, somente a perícia da Polícia Civil vai apontar de onde partiram os tiros.

Comparsas
A delegada afirmou, ainda, que haveria outros comparsas num carro que estava em frente ao ônibus. Segundo ela, as vítimas contaram que os criminosos se comunicavam com outras pessoas pelo celular.

O analista de suporte, Hélio Gomes, que foi obrigado pelos criminosos a dirigir o ônibus após o motorista abandonar o veículo, disse que ouviu os suspeitos se comunicarem com os comparsas: “Toda hora eles falavam ‘volta para socorrer a gente, volta pra socorrer a gente’. Eles mandaram arrancar. Eu consegui fugir já no segundo cerco, quebrei o vidro e sai”, contou.

De acordo com a delegada Gisele, um dos suspeitos presos já possui passagem pela polícia e outro possui um mandado de busca e apreensão. Ele afirmou que todos vão responder pelos crimes de roubo triplamente qualificado, formação de quadrilha e receptação. Com eles, a polícia apreendeu três pistolas – uma delas com numeração raspada – e uma granada.

fonte: G1


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