Marcha da Liberdade reuniu mais de 2mil pessoas na Avenida Paulista

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Os manifestantes encerraram oficialmente a Marcha da Liberdade por volta das 18h50 deste sábado (18) na Praça Oswaldo Cruz, no sentido Paraíso da Avenida Paulista.

Entre 2 mil e 2,5 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, caminharam pelos dois sentidos da avenida em protesto que começou pouco depois das 16h. A PM diz que nenhuma ocorrência foi registrada durante o percurso e que não houve casos de manifestantes usando drogas.

“Não teve nenhum incidente e não identificamos nenhuma prática criminosa. Tudo transcorreu em ordem e em segurança. Nossa maior preocupação era com a possibilidade de atropelamentos e, felizmente, nada aconteceu”, disse o major da PM Marcelo Pignatari, comandante da operação.

Centenas de PMs acompanharam a manifestação na avenida e em ruas próximas. A PM estima que 250 policiais, incluindo 30 em motos, fizeram a segurança no evento.

A Marcha da Liberdade chegou a ocupar três das quatro faixas dos sentidos Paraíso e Consolação da Avenida Paulista nesta tarde. Os manifestantes também bloquearam, por alguns minutos, a Avenida Brigadeiro Luís Antônio e a Rua Treze de Maio, que termina na Av. Paulista. O trânsito ficou complicado na região.

“Conseguimos o que queríamos com uma manifestação de rua pacífica que teve o bloqueio de ruas importantes como a Consolação e a Brigadeiro Luis Antônio”, comenta Gabriela Moncau, de 22 anos, uma das organizadoras da atual marcha e também da Marcha da Maconha. “Não tivemos nenhum incidente”.

Ela disse que esperava menos pessoas neste sábado do que nas outras manifestações. A jovem garantiu que ninguém fumou maconha durante o evento. “Orientamos que as pessoas não usem substâncias ilícitas na marcha”.

Segundo a organização, a manifestação, além de apoiar o direito de se expressar, também pediu o fim do uso de armas letais ou não-letais pela Polícia Militar durante atos pacíficos. Alguns manifestantes usaram camisetas defendendo a descriminalização da maconha.

Ao final da manifestação, já na Praça Oswaldo Cruz, os manifestantes anunciaram que uma nova Marcha da Maconha será realizada no dia 2 de julho e que, neste domingo (19), haverá um protesto contra a construção da Usina de Belo Monte. Ambos iniciarão no vão do Masp, na Av. Paulista.

O protesto começou por volta das 16h10. Os participantes deixaram o vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e ocuparam três faixas da via, no sentido Consolação. Ao chegar na Praça do Ciclista, fizeram a volta e continuaram pelo sentido Paraíso, até a Praça Oswaldo Cruz.

O artista plástico Ivan Mauro, de 44 anos, foi à marcha por outra causa: a proteção aos animais e ao meio ambiente.

“Se as coisas continuarem assim, daqui uns 20 anos não terá mais ambiente”, disse. Em um triciclo, ele levava consigo seu cachorro Floquinho, com idade estimada em 2 anos. “Eu encontrei o Floquinho, que é poodle, abandonado na [Avenida] Nove de Julho, no ano passado, quando chovia bastante”.

Já o músico Antônio “Piauí Ecológico” (ele não quis revelar o sobrenome), de 47 anos, disse que não fuma maconha há mais de 20 anos. Ele, porém, é a favor da legalização por uma questão de segurança. “As pessoas me confundem com usuário e eu acabo tomando ‘enquadro’”, afirmou. “Se legalizarem, eu deixo de apanhar.”

Andando com um carrinho de supermercado enfeitado como um tanque rosa e com uma máscara de lutador mexicano estava Danilo Bezerra, 29 anos. “É o tanque de guerra rosa da liberdade”, disse, explicando o que ele conduzia. “Estamos em guerra pela paz”.

Tropa de Choque
A Polícia Militar desistiu de levar a Tropa de Choque para a Marcha da Liberdade. A decisão vem após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter liberado as marchas da maconha, por considerá-las livre de manifestação do pensamento – e não apologia ao consumo de drogas.

A PM também prometeu mudar a forma de abordagem a quem, eventualmente, fumar maconha ou fizer apologia ao uso ou ao tráfico de drogas durante a passeata – atos considerados crime.

De acordo com o Comandante de Policiamento da Capital, coronel Marcos Roberto Chaves, foi recomendado aos policiais que avaliem a situação: caso a repressão venha a causar tumulto, PMs deveriam apenas registrar o flagrante em foto ou vídeo e aguardar uma oportunidade mais segura para deter o infrator e levá-lo ao Distrito Policial.

fonte: Paulo Toledo Piza e Gustavo Petró


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