Polícia diz que oito pessoas morrem após ondas de ataques em bairros de Osasco

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Subiu para oito o número de mortos durante ataques promovidos na madrugada desta quinta-feira (12) em Osasco, na Grande São Paulo. As vítimas foram baleadas na região norte da cidade.

Por volta das 6h, a Polícia Civil informou que os crimes tinham ocorrido durante comemorações do título do Palmeiras da Copa do Brasil pelas ruas de Osasco.

Entretanto, familiares de vítimas ouvidos pelo G1 e um policial da Delegacia Seccional de Osasco informaram até as 9h que apenas uma das vítimas usava camisa do Palmeiras no momento dos crimes.

A Polícia Miltar afirmou em nota que os assassinatos não têm relação com festas pela vitória palmeirense. Segundo a corporação, “os criminosos apenas aproveitaram o horário em que se dava a salva de fogos para ‘disfarçar’ o estampido dos disparos de suas armas”.

Os crimes aconteceram nas ruas Cuiabá, Jade, Santo Expedito, Patrocínio Paulista, José Marques de Rezende e Palmital.

As vítimas são Jailton Rodrigues Silva, de 29 anos, Robson Cardoso Godói , de 22 anos, Adriano Barbosa, de 24 anos, Denis Santos, de 34 anos, Antônio Carlos Jimenez, de 46 anos, Daniel Machado, de 23 anos, Edilson Silvestre, de 35 anos, e Marcelo Lúcio Gaspar Longarino, de 41 anos.

Vítimas
Das oito vítimas, sete morreram no local. Dois baleados foram levados para o Hospital Regional de Osasco. Marcelo Longarino morreu no hospital pela manhã. Permanecia internado no mesmo hospital o ferido João Manoel Gonçalves, de 46 anos. Até por volta das 10h, o hospital não havia informado o estado de saúde do paciente.

Segundo o policial civil Ivan Carlos de Castro, do Setor de Homicídios da Delegacia Seccional de Osasco, os crimes aconteceram próximos a bares e a pontos de tráfico de drogas.

“Apenas uma das vítimas estava com a camisa do Palmeiras. Entre os mortos também havia corintiano e são-paulino. Portanto, a princípio, não é possível dizer que os crimes tenham alguma relação com briga de torcidas”, disse Castro.

Os disparos foram feitos por pessoas que estavam em um Palio vinho e em uma moto, segundo Castro.

Até as 9h, a equipe de reportagem do G1 ouviu familiares de quatro vítimas que aguardavam o registro dos crimes no 10º Distrito Policial de Osasco. Apenas a mãe de um jovem informou que o filho usava camisa do Palmeiras quando foi baleado, mas já próximo de casa.

Em nota divulgada nesta manhã, a Polícia Militar informou que atendeu seis ocorrências de disparo de arma de fogo em Osasco na madrugada desta quinta. Segundo a PM, “em nenhum dos casos os familiares contatados informaram que as vítimas comemoravam o título da Copa do Brasil”.

A PM disse que “os criminosos aproveitaram o horário em que se dava a salva de fogos para ‘disfarçar’ o estampido dos disparos de suas armas”.

Os locais em que os crimes aconteceram são conhecidos como pontos de venda de entorpecentes, de acordo com a polícia.

Parentes
Segundo amigos de Robson Cardoso Godói, de 22 anos, contaram à mãe dele, Rosemeire Aparecida de Araújo Godói, o jovem estava em um bar quando foi baleado.

“Falaram que ele estava em um barzinho, um cara chegou, cumprimentou e atirou na cabeça dele. Ele não era palmeirense, torcia para o São Paulo, mas não era fanático”, contou Rosemeire.

Segundo a polícia, entretanto, o corpo de Robson foi encontrado na Rua Cuiabá, e não no bar.

Segundo ela, próximo ao local onde o corpo de Robson foi encontrado havia um ponto de venda de drogas. Rosemeire disse que ele era usuário de drogas.

“Ele tinha envolvimento com drogas, mas nunca me pediu dinheiro para pagar dívida. Era brigão, principalmente quando bebia. Acredito que pode ter sido algum tipo de vingança”, afirmou.

O jovem chegou a ser levado ao Hospital Regional de Osasco, onde chegou morto. O pai dele, o motorista de caminhão Ademilson Cardoso Godoi, foi até o local para reconhecê-lo.

“Eram 3h, eu ia sair para trabalhar, e um amigo dele ligou dizendo que ele tinha sido baleado na cabeça. Quando cheguei ao hospital, ele já estava morto.”

Segundo ele, o rapaz já havia sido internado em uma clínica de reabilitação. Outro homem também foi morto na mesma rua – a família não soube dizer se a vítima era amiga de Robson.

Outro caso aconteceu na Rua José Marques de Rezende. Daniel Pereira Medrado, de 23 anos, saía da casa da irmã e seguia para a casa da mãe, onde morava, quando foi baleado na cabeça.

Segundo a família, ele era palmeirense e estava com a camisa do time, mas não tinha envolvimento com torcida organizada. Ainda segundo a mãe do jovem, não havia mais festa pelo título no momento do crime.

“A rua estava calma, tranquila, ele estava quase na porta de casa. Uma vizinha disse que um carro passou e atirou na cabeça dele. O segurança da rua começou a gritar ‘vem ver’ e quando eu saí de casa ele já estava no chão”, contou Helena Pereira Medrado, mãe do rapaz.

Outra morte ocorreu na Rua Palmital. Marcelo Lúcio Gaspar Longarino, de 41 anos, estava na rua com colegas quando foi baleado. Seus familiares não souberam informar onde ele estava nem o que fazia no momento do crime, mas afirmaram que Longarino era corintiano.

fonte: Juliana Cardilli


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